Nova Consciência
Uma das coisas mais importantes que acontece com a Nova Consciência é mostrar-nos a que ponto estamos mergulhados em sistemas de crenças restritivos e castradores, incluindo dentro do chamado «esoterismo» e da «espiritualidade». Assim foi - ou assim deixámos que fosse durante muitos séculos - porque enfronhados que estávamos no jogo da limitação da consciência, tornou-se necessário que alguém nos apontasse o caminho «para o alto», nos mostrasse a saída dos nossos múltiplos labirintos e redundâncias, da nossa perda de referências e até dos nossos esquecimentos. As religiões foram as guardiãs do «mais além do humano», mas confinaram-nos a regras e leis que nos escravizam a dogmas forjados pelos próprios humanos, acenando-nos com castigos e «rejeições divinas» que nos forçavam a ver-nos como muito menores que os seus Deuses. As Escolas de Mistério do passado foram as que estiveram mais perto do caminho da Integração, mas recorreram a instrução mental maciça, aproximando-se cada vez mais ao longo do tempo, duma verdadeira «ciência profana». O «alvo» estava à vista... mas a flecha estava «emplumada» demais.
E umas e outras levaram-nos sempre, vida após vida, a um esgotamento de horizontes, a uma perplexidade angustiante, a uma irremediável decepção. Esgotaram-nos os horizontes colocando-nos metodologias complexas à frente do nariz, análises exaustivas dos fenómenos para convencer os leigos e os próprios adeptos, um desparrame de informação que os tempos modernos da net levaram à exaustão. E à nossa frente os inevitáveis Mestres Ascensos, os Gurus iluminados, o milenar Deus judaico-cristão, o Alá muçulmano, o Buda e os Avatares, a Deusa e os Arcanjos, e os mais recentes Seres das longínquas estrelas ou dos mais próximos centros intra-terrenos. Um estendal de deuses, todos maiores do que nós.
A «perplexidade angustiante» seguiu-se em todos aqueles que se acharam bloqueados com o excesso de informação e a incapacidade real de pôr as coisas em prática, pela exacerbada complexidade e impraticabilidade das vias propostas para alcançar a Integração.
A «irremediável decepção» aparece quando o ser se sente impotente para ver a luz ao fundo do túnel. Tudo isto, meus queridos Anjos, foi absolutamente apropriado. Fascinados com o trabalho mental desde os tempos da Atlântida, era necessário chegar a um ponto de esgotamento tal, que inevitavelmente conduzisse à simplificação total de teorias e métodos. Por isso, quando encontro hoje pessoas fascinadas porque descobriram a Astrologia, a Claire Profet, ou o Guru de Santa Eulália, dá-me uma dor no coração. Como eu gostaria de poupar-lhes um pouco das suas futuras decepções! Mas não é apropriado alterar uma vírgula dos seus percursos, como bem sabemos, a menos que elas nos peçam. Terão de percorrer por si mesmos a via-sacra esotérica que os levará mais cedo ou mais tarde (quantas mais vidas?) - a chegar a uma Consciência inteiramente Nova. A consciência pura e simples de que TU ÉS DEUS TAMBÉM. Sempre foste e sempre serás.
Só falta assumires-te como tal, e é aí que começam as complicações. Os sistemas de crenças atacam-nos ferozmente com desmerecimento intrínseco, com falta de confiança própria, com medo de cometer «infracções» ou de«ofender» o Espírito com a nossa «soberba». Pelo que tenho observado e partilhado nestes últimos anos, só conheço um tratamento de choque: entrar na Nova Respiração ou permitir-se passar pela experiência dum seminário da Nova Consciência. A quantidade de sistemas de crenças que fica logo ali «arrumada» de vez, é claramente superior a tudo quanto eu já vi, lá li, já ouvi e já pratiquei. É um facto incontornável.
Chegar à SIMPLICIDADE absoluta, meus amigos... já é obra! Concordar em entrar nela... é um desafio total. Começar a praticá-la... bem, é a «loucura» total!
Por isso as coisas têm andado a passo de caracol... até à fase em que as pessoas «concordam» em entrar nela. A partir daí, é literalmente entrar num foguetão espacial.
Mas a inércia... a inércia da mudança é terrível. Vencer o fascínio dos mantras e dos rituais, das iniciações e das meditações, é um bico de obra tramado.
Na Nova Consciência estás nu frente a Ti mesmo. Sem enfeites nenhuns, sem Gurus nem redes de segurança nenhumas. Mete medo ao princípio.
Depois... ah, depois embriagas-te de TI, começas a descobrir o que sempre esteve escondido dentro de Ti: Tu, o Eu Divino que quer conhecer e abraçar o Eu-Humano aqui, e quer sentir através de ti o que é estar incorporado a pisar o pó deste planeta azul. Descobres uma alegria nova, ao atirares descaradamente um monte de «proibidos» pró lixo. Descobres um novo sentido para a vida: o verdadeiro.
Mas tirar os teus olhos dos altares, das alturas dos céus ou da «posição mais elevada e esclarecida» ou até «ascendida» dos Gurus que contactas directamente ou através de terceiros, é coisa muito difícil.
Se queres entrar na Nova Consciência, oh Anjo das mil cores, vais ter de responder às perguntas:
Permites que as tuas crenças mudem?
Permites-te olhar para Ti mesmo e saber que tudo o que tu precisas está dentro de TI?
Se estás indeciso, o mesmo é dizer «se ainda não esgotaste o fascínio pelas coisas que achas que desconheces... não ouses dizer que sim.
Sabes, é que se provares desta Nova Consciência, podes até ficar na mesma casa, com o mesmo partner e os mesmos filhos, o mesmo emprego e a mesma família. Mas acredita, TU... NUNCA MAIS ÉS A MESMA PESSOA! :))
Vais até querer entender como foi que sobreviveste até aí.
Esta é a experiência mais radical que existe. Qual asa delta qual nada... frente às tuas Asas de Fogo!