terça-feira, 16 de agosto de 2011

TIRAR ÁGUA DO POÇO



Teresa de Ávila nas suas «Moradas», descreveu esse crescendo de amor dentro de si, pelo seu Deus Interno - o seu «Senhor» como então lhe chamava - dum modo que nunca mais esqueci. Dizia ela que cultivar esse amor era como "tirar água dum poço".
Essa imagem de ir tirando baldes de água do poço, é a imagem perfeita do «trabalho» que podemos fazer para nos reconectarmos com a nossa Essência. Cada respiração profunda é descer ao fundo de nós, permitirmo-nos «encher o balde» dessa Serenidade líquida e quente, dessa Radiação que brota do fundo de nós, e absorvê-la mais e mais a cada respiração.
Ninguém pode fazer isto por nós. É um trabalho totalmente solitário e pessoal. Cada um sabe a exacta medida em que essa tarefa é - ou não - a coisa mais importante da sua vida. Só cada Ser por si mesmo pode avaliar o progresso desse aprofundamento, dessa descoberta. Não há «Deus» nem «Mestres» em parte nenhuma que façam o trabalho por nós. E esse Divino - que somos nós, a Essência dentro de nós, é muito paciente. Esperará mais 1, ou 10 ou mil vidas mais que nos disponhamos à Integração.
O ciclo das experiências não tem limite marcado, justamente porque sendo «O Deus» que somos, cada um de nós experiencia quanto quer, pelo tempo que quer. E só retorna ao Centro de Si quando ele mesmo escolhe que o tempo do «recreio» acabou. Aí, pode terminar a sua Integração Total, retomar a sua Soberania, a Consciência total de SI, enriquecido pelas experiências que praticou e viveu sem limitações.


A Essência é a fonte dentro de nós. É o «veio da água» que enche o tal poço, donde nos alimentamos.
A simbologia da água é perfeita para a Essência: fluida, livre, macia, quente, envolvente, maternal, amorosa. Companheira.
Por isso é tão doce imaginarmos um lago de amor dentro de nós, onde a Essência espera por nós. Ou o poço donde sai a Água da Vida.
A imagem lá do alto vale por mil palavras.
Quando me deixarei chegar ao ponto de não mais ter de tirar balde a balde a água do poço? Ao ponto do caudal de Água no fundo de mim ser tanto, que jorra continuamente de dentro de mim?
Mas já sabemos: Todo o caminho começa por um passo.
No poço dentro de nós, vale o mesmo: um balde de cada vez.
Uma Respiração de cada vez... :))
Mãos à obra, companheiros Viajantes do Tempo!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ESCOLHES MEDO OU CONFIANÇA?


Já sabíamos que tínhamos pela frente um furacão. As energias planetárias espelham as nossas próprias mudanças, e estas estão a ocorrer a um ritmo alucinante. 
Pessoalmente, se não fosse a respiração consciente e a lembrança frequente de regressar ao Centro, de dar a mão à Essência e permanecer no espaço seguro e sereno dentro de mim, acho que  tinha entrado em desequilíbrios vários nestes últimos dois meses. Foi dose para leão! :))
Segurem-se aí no formigueiro, porque o tamanduá anda à solta, minha gente.
A partir de agora vai acelerar cada vez mais, não nos iludamos. A paranóia do 2012 vai acrescentar ansiedade, medo, dúvidas e medos de todos os tamanhos à cada vez mais densa e caótica massa de consciência global (espelho das nossas próprias convulsões internas). As provas porque passamos não nos deixam respirar, é certo, mas não foi isto que pedimos? Uma mudança radical? Aí está ela, pois, e só temos que celebrar.
Nós podemos escolher ter medo: medo de falhar, medo do julgamento dos outros, medo da solidão, medo da incapacidade de resolver a carência financeira, medo de certas consequências de actos do passado, medo da dor, do sofrimento e da angústia. E de muitos outros medos. Sobretudo, medo de confiar na Essência.
Parece mentira, não? 
Então a Essência não é a nossa Divindade? É. 
Não seria a coisa mais FIÁVEL que há em nós? Pois sim.
Mas estamos tão habituados a confiar mais na mente e nos sentidos físicos humanos, que é um verdadeiro salto de fé confiar que a Essência nos vai guiar com toda a segurança. Sobretudo, é claro, porque os caminhos de «segurança» da nossa Essência, muitas vezes são bem diferentes das nossas expectativas. E dói, ah, se dói, essa luta interna. E lá vamos nós, apesar de tudo, resmungando e coxeando pela estrada fora. 
Por vezes sinto-me como se tivesse um pneu furado. 
Preciso de parar de andar e perguntar a mim mesma:
És capaz de acreditar na Sabedoria da tua Essência? És capaz de acreditar que essa sabedoria escolherá sem sombra de dúvida o que é melhor para ti? És capaz de aceitar que não vês a resposta à tua frente, mas que a tua Essência te guia incondicionalmente para ela?
Todos nós diremos SIM, muito depressa.
Mas... sentir esse SIM, é outra coisa. É a diferença entre a mente e a Voz Interna. É o importante.
Respiremos e regressemos à simplicidade absoluta da Nova Consciência. Só há uma pergunta: 
Escolhes o medo ou a confiança?
???