domingo, 21 de novembro de 2010

MAIS SOBRE ASPECTOS

Aspecto meu, aspecto meu, quem disse que podes ser maior que EU?
Os Anjos - Nós - revestidos de biologia humana, interagem com outros Anjos e com o meio ambiente através daquilo a que na Nova Consciência se chamam «ASPECTOS». Quando vou almoçar fora com uma amiga, por exemplo, eu crio automaticamente um «aspecto» meu que lida com a situação. É o «Aspecto-almoçar-fora-com-amigos». Ele reveste-se de calor e alegria, de boa-disposição e prazer. A menos que a conversa descambe para coisas traumáticas para ambas, ou crie aspectos magoados entre ambas, esse Aspecto, finda a sua missão regressa «a casa» dentro de nós, alegremente bem integrado, ansiando pela próxima vez de actuar. Ir ao quiosque comprar a nossa revista favorita cria o «aspecto-comprar-no quiosque», o qual vem para casa contente com a revista na mão, e a antecipação duma hora de prazenteira leitura, da qual se encarrega o «aspecto-que sabe-ler-no-sofá». Ambos ficam geralmente bem integrados, prontos para repetir o processo numa próxima vez. Mas imaginemos que o dono do quiosque vendeu por engano a nossa revista, já não tem mais nenhuma, e além disso foi grosseiro connosco. Bem, é muito provável que o «aspecto-comprar-no quiosque» volte para casa com raiva, frustrado e defraudado. Oops! Ficou «magoado». Pode «desbloquear momentaneamente a situação» indo comprar noutro lado e oferecendo à mesma ao «aspecto-que sabe-ler-no-sofá», o prazer da sua leitura. Mas a raiva, a frustração e a desconfiança agarram-se a nós como lapas à rocha. O «aspecto-comprar-no quiosque» nunca mais vai ser o mesmo. Mesmo mudando de ponto de compra, há sempre o «e se...?»
Raiva, desconfiança, depressão, tristeza, ciúme, rejeição, inveja, etc, são energias bloqueadas, desequilibradas. São Aspectos não-integrados. Não são a nossa Essência, é claro. São véus energéticos a tapar o Sol que quer brilhar através de nós.
E meus amigos, aspectos «magoados» temos aos montes, à espera de integração.
Quanto mais forte a «energia bloqueada» se apresenta, tanto mais trabalho dá a integrar. Quem não está dentro destes assuntos, escolhe normalmente fazer "terapia" por vários meses ou anos, mergulhando adicionalmente nos fármacos condicionadores das emoções, os quais «encaixotam» esses aspectos e os carimbam displicentemente por fora como «Caso Encerrado», lá, bem longe de nós.
Mas na Nova Consciência, neste Caminho de Integração, quando menos esperamos, salta literalmente a tampa duma dessas «caixinhas-surpresa» e esses «demónios» tão bem abafados vêm cá para fora fazer-nos caretas. Na verdade, à nossa revelia, na caixa que diz «Raiva Arquivada», por exemplo, juntaram-se todos os similares desde a «raiva miudinha» e a «espera-pela-volta-seu-isto-e-aquilo», até à «raiva raivosa mesmo» já a fervilhar, acabando na potencialmente perigosa ebulição do «eu mato-te». 
Seja qual for o «grau de ebulição» dum Aspecto, não se deixem enganar: são apenas energias bloqueadasdesequilibradas, não são a nossa Essência, a nossa Verdade.
É preciso tomar consciência que eles estão lá, à espreita da ocasião. Aleluia! Sim, aleluia, porque quando isso acontece, quer dizer (na Nova Consciência, é claro) que já estamos suficientemente prontos para «limpar a casa». Nenhum Aspecto é mais forte que a minha Essência, ponto final.
As energias bloqueadas são nossas, mas não são nossas amigas. Escutem bem: elas são energias destruidoras, justamente porque são desequilibradas. A Raiva, a Frustração, a Depressão e a Tristeza, estão entre as mais perniciosas. Sintam isto: Subtilmente levam-nos a «fechar» cada vez mais... a «inibir» progressivamente»... a ficar tão «quietos»... tão «bloqueados»... tão «mortos». Vêem? Acaba sempre ali, literalmente.
Arrancam-nos sem cerimónias a alegria de viver. Envolvem-nos completamente na execrável energia-vítima, antes de devorarem sem escrúpulos o nosso coração. 
Mas se «estamos em Casa», de mãos dadas com a nossa Essência, respirando a alegria da Vida, não há Aspecto que não possa ser integrado, por muito bravo que seja. Respirando e aceitando. Respirando e não julgando, respirando e amando-nos cada vez mais.
Há uns anos atrás, tive um sonho maravilhoso: O nosso exército de guerreiros famintos montou cerco a um promissor castelo, cujos afamados tesouros eram o objecto da nossa cobiça. Mas o castelo parecia inexpugnável para nossa arrelia, e as nossas forças físicas diminuíam a olhos vistos, mantidas apenas pela vã energia da nossa cobiça. Um dia abriu-se a porta do castelo e saiu um Mestre montado a cavalo, brilhante como a luz do sol. «Quereis manter o cerco durante mais tempo, ou entrar em paz e partilhar da nossa abundância»? Fiquei siderada, e ainda nem sabia o que eram Aspectos. Mas nunca esqueci este sonho.
Por isso, quando sentires estas energias a rondar-te, sabe: elas são melosas, pegajosas. Envolvem-te numa baba paralizante como as gibóias na selva, para melhor te comerem.
Vais deixar o exército de loucos tomar conta do teu Castelo, ou convidar os totós para o banquete na Tua Luz?
Não tem que ser difícil nem sequer demorada esta tua Integração. Só depende de Ti e da tua Respiração da Compaixão.
Aspecto meu... quem disse que podes ser maior que EU? :))

domingo, 14 de novembro de 2010

O VASO E A CHAMA



Las Palmas, em tempo de novas descobertas interiores.


Olhar para uma chama acesa dentro do seu recipiente é ver com clareza o conteúdo e o contentor. 
O contentor, a parte nossa humana que é sólida, rígida nos seus contornos, resistente às mudanças. E o conteúdo, a chama divina, bem lá no centro, aquecendo tudo, irradiando luz e calor, transformando o combustível biológico em claridade e radiância.
Tão simples de contemplar e perceber.
Os dois são inseparáveis: o contentor abraça o conteúdo e permite-lhe expressar-se cabalmente através da Chama ígnea. A Chama aquece o contentor, foca-se ao centro e permite-lhe mudar a Substância para que ela mesma se alimente desta união tão íntima.
Ahmyo. Confiança em si.
Vou deixar o «vaso» cego governar a minha vida, ou identificar-me com a Chama que brilha dentro de mim?
Vou alimentar a Chama com a rendição da minha parte biológica e mental à mudança necessária, ou vou deixar «ocultar» a Chama que quer brilhar?
A escolha parece óbvia, mas só até surgirem os «poréns». E estes «mas» e «porques» são mais rígidos do que o aço. Eles têm a força milenar duma permissividade prolongada.
Nestes tempos de mudança profunda, é necessária uma coerência total. É o tempo da Chama, não de mais experiências biológicas. É o tempo de Irradiar, não de limitar. É o tempo de Integrar. 
A Integração requer a rendição do «vaso»ao processo de transmutação. Vejam: não a sua rejeição.  
O vaso é o Templo sagrado onde brilha a Chama. O equilíbrio perfeito: conteúdo e contentor, juntos, unidos, fundidos.
A matéria perecível, o Vaso, só ganha eternidade rendendo-se à Chama Interna.
Esta é o Pilar da Existência, o Ponto da Presença. A Essência do Ser. O Magneto Sagrado que atrai a si todas as partículas dispersas de expressão humana. O «Designado Integrador».
Está na hora de render-me à Chama que sou Eu, criando um «NÓS» Humano e Divino, uma Dimensão inteiramente nova, que é um Deus feito Homem e um Homem irradiando Divindade.
Os tempos da experiência terminaram.
QUEM SOU EU?