quinta-feira, 21 de abril de 2011
O FIM DE UMA ERA
Todos nós passamos por diferentes Eras, transições e revoluções ao longo da nossa vida. E de cada vez que mudamos radicalmente de vida isso parece-nos muito assustador.
Aqueles que chegaram ao Planeta ao redor do meio século passado, ou mais ou menos, como eu e a maior parte dos que vieram para desbravar a Nova Consciência, passaram já por muitas Eras distintas. Dou-me conta disto ao observar o meu percurso de vida tão agitado, tão variado, tão intenso e tão cheio de «fins» tão marcados.
Todos tivemos Eras de criança, adolescente, adulto, mãe, pai, (e até avós para muitos de nós), casamentos e divórcios (vários de cada um), empregos e mudanças de emprego, mudanças de casa, de ambiente geográfico e até de país, doenças e recuperações, eras de abundância, de remedeio ou de carência. Perda de amigos e familiares, amigos e familiares novos a chegar à nossa vida. Tudo isto sem falar das nossas várias «revoluções espirituais». A Vida é dinâmica como sabemos, e até certa altura, ela simplesmente nos «acontecia» à nossa revelia.
Mas agora, a partir duma consciência nova, podendo escolher realmente aquilo que nos acontece, vemo-nos muitas vezes bloqueados na nossa última «Era».
Mudar radicalmente um padrão qualquer, seja de vida ou de pensamento, é complicado e por vezes doloroso. Mas ao olharmos para trás, podemos ver e aceitar que todas as nossas «Eras extintas» nos levaram a um patamar novo, de maior consciência. Pode ser realmente «doloroso» mudar algo na nossa vida, mas não é menor o motivo para celebramos. Na verdade, quando deixamos ir a última Era da nossa vida, abrimo-nos totalmente ao Novo e aos novos potenciais.
A que é que eu me agarro tão tenazmente neste últimos tempos, que não me deixa avançar? O que é que eu não quero que acabe?
Aaah! Responda cada um por si.
Dou por mim muitas vezes confusa: será um Aspecto para chamar e integrar, ou um Jogo para deixar ir? Aceitar ou abrir mão de?
Estou a aprender a duras penas que na dúvida... é a voz da mente que eu estou a ouvir, não a voz da minha Essência. O medo, a dúvida, a confusão, a frustração... dá sempre no mesmo: Falta de Confiança na voz interior. Falta de contacto interior, abandono ou esquecimento da Respiração consciente.
Tenho de me lembrar constantemente que todas as minhas Eras foram apenas «histórias» que me trouxeram até aqui onde estou. Cada uma serviu o seu propósito... mas não são EU.
Integrar, oh totó, também é deixar ir. Parece que nunca mais aprendo. Só a mente divide e confunde esta coisa tão simples.
Que Era te mantém presa, bloqueada, encalhada no mar dos teus dias?
Não queres antes escolher deixar ir essa Era para começar uma novinha em folha?
Respira. Conecta-te com a tua Essência. Ouve.
Quando estiveres pronta e serena, lá no centro de Ti, oferece cada Era da tua vida à tua Essência. Sente o respeito, sente a gratidão por todas as tuas experiências e ciclos de vida. Oferece-Lhe a tua Era encalhada, agora mesmo. Respira o calor do seu Amor e da tua libertação.
Se podes escolher alegria em vez de tristeza, abundância em vez de carência, liberdade em vez de prisão, coragem em vez de medo... porque continuas a tirar a água duma canoa furada?
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