segunda-feira, 28 de junho de 2010

Amor a Si Mesmo


Partilhar um seminário de SES (Sexual Energy School de Tobias) é sempre uma nova jornada de integração.
Os psicólogos falam de auto-estima e as pessoas em geral já se deram conta de quão importante é «reservar tempo para si», «cuidar de si». Mas estas noções tão simples e essenciais ficam sempre a milhas de distância do verdadeiro Amor-a-Si.
Estamos habituados a «amar» os outros, a devotar-nos integralmente aos outros, e achamos muito louvável exaurirmo-nos pelos outros em nome do «Amor». E este «AMOR» engloba os nossos relacionamentos, a família, os filhos, os colegas e os vizinhos. Todos têm prioridade sobre nós no geral, sobretudo quando entramos no mundo da espiritualidade e começamos a fazer as coisas em nome do «serviço à humanidade».
Esse trabalho já está bem feito. Somos catedráticos de serviço aos outros, mas a maioria de nós é ainda caloira no serviço a si mesma. Se não dermos a primazia aos outros, tacham-nos - e tachamos-nos nós mesmos de «egoístas», como se o mundo girasse de facto ao redor dos outros.
Aprender o «Amor por si mesmo» é uma tarefa urgente no caminho novo da Integração. Como vais «ascender» ou «Integrar totalmente» se estiveres ausente de ti? Como é que diz Kuthumi? «O que é que falta na tua Vida?... TU».
Porque o «amor» é muito mal compreendido ainda neste planeta, confundido com partilha desequilibrada - a esmagadora maioria das vezes - de sensações, sentimentos, submissões e possessões, os relacionamentos poucas vezes nos «preenchem as medidas». É sempre um jogo que pode ser facilmente interrompido, desfeito ou desvirtuado, por causa do eterno desajuste entre as nossas expectativas, e aquilo que o «amor» realmente nos traz para preencher a rotina dos dias. E a causa número um desse desequilíbrio é exactamente causado pela «eterna busca» daquilo que nos falta... fora de nós.
É doce o sabor de um novo amor? É .
A «paixão» inspira-nos ao sublime? Sem dúvida.
Um casamento bem sucedido de 5 ou 10 ou 50 anos é uma bênção? Não vamos mentir: tem dias, como todos sabem.
E a alma-gémea? Lamento: É romântico, vende livros, mas não passa duma patranha. TU não és gémeo de ninguém. Tu és único e irrepetível no universo inteiro. Um Deus completo em Ti mesmo.

Apaixonarmo-nos a sério por nós mesmos é uma coisa da Nova Consciência.
Não é preciso excluir ninguém, nem deixar de prestar o auxílio apropriado a quem recorre aos nossos préstimos, nem descuidar a atenção devida a parceiros, filhos e familiares. Mas porque tudo parte dum pilar de equilíbrio dentro de nós, os «jogos» já não «colam», os abusos já não são tolerados, nem a «energia de vítima» tem onde se aninhar dentro ou ao redor de nós.
Apaixonarmo-nos por nós, redimensiona os nossos relacionamentos TODOS para uma nova perspectiva. É incrivelmente ousado e libertador.
E muito polémico também. Mas não viemos nós, os pioneiros, uma vez mais até este planeta azul para quebrar tabus e avançar destemidamente no caminho da Integração?
Então? Não está na hora de experimentarmos o que é isso de nos «apaixonarmos por nós mesmos»?
«Apaixonarmos por nós mesmos» é o que acontece à medida que nos fundimos com a nossa Essência, com o Divino em nós.
A cada respiração consciente cresce esse caso de amor... de nós por nós.
Quando começares a experienciar isso no teu dia-a-dia, vais compreender por fim o que é Amar
de verdade... Tu e a Totalidade.

3 comentários:

  1. Arrebatadora sincronicidade. Irmã Placídia, olha minha última "poesia". Beijos de luz.

    O SILENCIO DO POETA

    Compus versos de genuíno amor
    Quando a dor dilacerava minha carne
    Teci estrofes de inebriante alegria
    Quando o extase fez sumir o chão sob meus pés
    Comovi corações alheios quando minhas palavras
    Apontavam os tesouros que se escondem no banal
    Fiz poesias com garra, coragem e sincera intenção
    De ser porta-voz do bem, do belo e do justo
    Esforçei-me em doar aos outros tudo aquilo que me fazia bem
    Fui poeta em tempo quase integral
    Colecionando vasta obra literária
    Mas agora escuto um doce silencio que vem chegando
    Acalmando minha ânsia e meu frenezi
    E de dentro de sua inércia relaxante
    Vou vendo surgir aos poucos um enorme amor por mim mesmo
    Que não questiona qualidades e nem defeitos
    Simplesmente considera sagrado cada ato, cada fato, cada geito
    De como as coisas desta vida foram, são e ainda vão ser
    E se o poeta que há em mim aprofundar-se no silencio
    E ausente se tornar
    Jamais duvide do amor que continua gritando em seu coração.

    Denis Cunha
    26.06.2010

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  2. É isso mesmo Denis.
    Comece a "experienciar" esse Amor-a-Si, trazendo-o integralmente para o seu campo de realidade. E então comece uma Poesia Nova que brota da avassaladora descoberta de SI.
    Doce abraço,
    Placidia

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  3. É por aí mesmo, Denis.
    Desenvolva e expanda o Amor-por-Si, e descobrirá a Poesia Nova Consciência que nos falta.
    Tudo isso a partir da «experiência real de Si».
    Doce abraço,
    Placidia

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