domingo, 30 de maio de 2010

Revisitar a Transilvânia com uma Nova Consciência


Quando chegamos a Bucareste, os taxistas gostam de saudar os turistas com um caloroso «Welcome to Dracula Land!» (Benvindos à Terra do Drácula). E essa saudação ridícula dissolve-se pouco depois na luminosidade ambiente, na verdura exuberante das matas e jardins que existem por todo o lado, pelo menos no maravilhoso trajecto entre o aeroporto e a «baixa» da cidade. Um mar de verdes. Desta vez o seminário para Treino de Professores de Synchrotize, (New Energy Synchrotize de Saint-Germain) até era mesmo na Transilvânia, em Poiana-Brasov, 180 km a norte de Bucareste, e a uma escassa quinzena de kms do célebre Castelo do Drácula, situado em Bran. Poiana é uma estação de esqui encarrapitada nos montes Cárpatos verdejantes, ainda com restos de neve nos picos mais altos, e extensos prados enfeitados pelas flores silvestres de Maio. Lindo.

Uma vez mais senti que outra peça do puzzle se encaixava nesta aventura suprema de recordar Quem Somos, ao aprofundarmos todos juntos os meandros das nossas «Escolhas». Não me tinha dado conta há 3 anos atrás da intensidade deste seminário.

Porque tudo trata de escolhas e do quão sinceros somos ao fazê-las, estes cinco dias de reclusão na montanha obrigaram cada um de nós a uma reflexão profunda sobre o real «ponto da situação» das nossas escolhas íntimas. Foi difícil passar pelo Treino apenas com o olhar do Professor que vai pôr à disposição dos estudantes estes materiais, pois a tendência era envolvermos-nos irremediavelmente no processo particular que decorria dentro de cada um de nós.

Tal como assumir a Maestria diz respeito apenas a cada um de nós, fazer as Escolhas Certas é em primeiro lugar um exercício muito privado e particular desta Nova Consciência. Por isso interessa imenso ter clareza total sobre o que tem impedido que façamos as escolhas certas na nossa vida, sobre a qualidade das próprias escolhas, e sobretudo o que fazer para nos assegurarmos de que vamos manifestar exactamente aquilo que escolhemos. É um olhar alargado, incisivo e franco ao mesmo tempo, sobre o que nos vai no íntimo, sem qualquer possibilidade de utilizar «jogos ocultos» nem «paninhos quentes» para encarar as nossas reais experiências. Exige tremendas doses de coragem e honestidade. Na verdade, tive de reconhecer que eu subestimei a intensidade e profundidade desta abordagem de Saint-Germain sobre o tema que ele mais expande ultimamente - as nossas escolhas - ou então, «não estava ainda suficientemente consciente» na altura em que fiz o seminário, há 3 anos atrás, para me aperceber de tão importantes nuances.

E com o cerrar deste círculo dentro do círculo, é pois com prazer que anuncio poder proporcionar também aos «estudantes» da Nova Consciência, mais uma abordagem, mais uma ferramenta de Integração. Tenho agora pela frente a tarefa de traduzir e legendar os dvds, de modo a disponibilizar a todos -falantes e não-falantes de inglês - estes maravilhosos materiais.
E a par das sessões individuais de Respiração e Integração, estou agora habilitada a fazer sessões individuais de «Synchrotize».
Pelo testemunho que deram Geoff e Linda dos resultados obtidos com este seminário, só comparáveis ao «life-changing» do SES (Sexual Energy School), posso deixar aqui a mesma pergunta crucial:
Quanto estás disposto/a a mudar a tua vida?



Ps- O castelo do Drácula em Bran é um desapontamento. Ainda bem que só gastei 20 lei de entrada(5€) para 1 rápida e cansativa hora de tédio!

sábado, 22 de maio de 2010

1º Encontro de Celebração

1º Encontro da Nova Consciência - A Celebração

Já estou habituada. Vermo-nos, reconhecermo-nos e amarmo-nos! É assim nos 4 cantos do mundo.
Todos temos algo que faz com que basta olharmos uns para os outros, para sabermos que somos velhos amigos e conhecidos, e começarmos a falar como se tivéssemos interrompido a conversa ontem mesmo.
Que entusiasmo, que alegria... e que energia! Em vez de 2 horas foram quase 3 e meia, e foi com pena que nos despedimos até à próxima. Ficou tanto por dizer e partilhar!
De uma coisa estamos todos certos: TODOS estamos a passar pelos mesmos desafios, a ter os mesmos «problemas» na Integração, todos estamos a sentir-nos um pouco isolados, mas a passar sem dúvida pela melhor época das nossas vidas!! Ninguém quer trocar este tempo por coisa nenhuma. Estamos TODOS a adorar estar ainda aqui neste Planeta Azul, a recuperar a memória de Quem Somos. Não é absolutamente FANTÁSTICO??
O próximo Encontro já tem data: 24 de Junho, 5ª feira entre as 20:30 e as 22:30h. Local e hora a confirmar logo que possível.
Oh-Bi-Ahn, Caminhantes! Até breve!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

COMPAIXÃO - O Grande DESAFIO

Dizem que para se tornar Bodisatwa, e ter direito a sentar-se à direita de Buda, foi posto um desafio a Kwanin: ressuscitar um pássaro.
A Deusa olhou para o pássaro morto na sua mão e perguntou-lhe docemente se queria viver. A Essência do pássaro disse que sim. E só então Kwanin soprou gentilmente sobre ele a sua cálida Respiração da Compaixão e o fez retornar alegremente à vida.
Esta atitude de respeito absoluto pela escolha de outro ser, chama-se COMPAIXÃO.

E assim, a palavra Compaixão precisa urgentemente de ser reformulada no nosso dicionário.
Os significados antigos eram «simpatia», «pena», «piedade», misturados todos com uma vontade quixotesca e compulsiva de aliviar o sofrimento dos outros. Era o modo antigo de medirmos a nossa real tendência para o «serviço aos outros». Era saber o quão atentos estávamos àqueles que se mostravam de algum modo «carentes» do que quer que fosse, e portanto
mais incompletos e/ou menores que nós.

Esse jogo terminou na Nova Consciência.

COMPAIXÃO -trazida neste novo tempo à consciência humana, uma vez mais, pelo Amor que Kwanin nos tem - significa na Nova Consciência, Aceitação Total e Incondicional do processo de vida de cada ser individual, e do desenvolvimento espiritual respectivo, incluindo as experiências pelas quais passamos, por mais dolorosas e desnecessárias que nos possam parecer.

A Compaixão começa sempre connosco. E já sabemos até que ponto nós temos dificuldade em nos aceitarmos a nós mesmos e a tudo o que escolhemos que aconteça dentro e fora de nós.
Compaixão é observar sem julgar, sem querer emendar nem concertar, sem querer catequisar, mudar ou «trabalhar» de modo diferente. Nem a nós nem aos outros.

Quando compreendemos este novo sentido da Compaixão, percebemos logo porque é que é uma falta de respeito para com os outros acharmos que eles são «deuses escangalhados», inábeis com o tipo de experiências que escolheram para si mesmos, a precisarem de uma «mãozinha» nossa para fazerem as experiências (que são DELES) do modo como Nós achamos melhor.

Vi recentemente uma reportagem na televisão, exemplo maravilhoso a ilustrar esta escrita, feita na sequência duma vaga de frio prolongada na nossa capital, mostrando a distribuição de cobertores e de sopa quente aos sem-abrigo num dado recanto da cidade, por entre os inevitáveis caixotes do lixo. E a repórter estava numa excitação tremenda porque descobrira um belo furo de reportagem, um «drama» fresquinho ali mesmo à sua frente. Uma jovem mulher sem-abrigo, exibia uma barriga evidente de gravidez avançada. A repórter contorcia-se de comiseração, tentado passar o drama e injustiça daquela condição aos espectadores, tecendo considerações sobre o que devia ser feito para subtrair a infeliz futura-mãe ao seu amargo destino, e indicando-lhe logo ali o abrigo mais próximo que estaria desejoso de resgatá-la da rua.
Mas para sua surpresa, tudo o que a jovem disse foi que «aceitava o cobertor a mais que lhe davam, mas estava muito bem onde estava, que tinha saúde e amigos, que nada lhe faltava entre eles, e que não tencionava ir para abrigo nenhum». Um horror. Mais que depressa, a repórter deu o assunto por encerrado e voltou-se para outro ser logo ali ao lado que, esse sim, muito mais promissor em termos de interesse jornalístico, debitava lamúrias «decentes» sobre o seu abandono.

Compaixão. Aceitação total e incondicional das escolhas dos outros.

É difícil de engolir? É.
É difícil de praticar? Não.

À medida que compreendemos a verdadeira Compaixão por nós mesmos, adoça-se o nosso olhar sobre o mundo. Podem chegar-nos lágrimas aos olhos ao vermos quão difícil é a jornada que alguns anjos escolheram para si mesmos. E nada nos impede de os ajudar sempre que eles solicitem directamente esse serviço. Mas a agenda salva-mundo, salva tudo e todos a qualquer preço, pode ser deixada de lado com elegância.
Com uma Nova Consciência: Não temos de carregar os fardos dos outros. Não temos MESMO.


Por caminhos diferentes, oh, anjos de luz, vamos todos um dia por certo, recuperar a memória de Quem Somos.
Mas até lá, cabe aos mais conscientes fazerem o verdadeiro serviço aos outros: descobrirem dentro de si a Divindade unida ao sagrado Humano em nós. Tornarmo-nos o Exemplo. O Farol a iluminar a escuridão dos dias daqueles que escolheram lições cármicas duras para o seu crescimento, e mostrar-lhes como é possível agora, que o Novo Humano-Divino possa viver e estar neste belo Planeta, apenas em Alegria e Celebração. Em perfeita Compaixão.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Seulement Pour Le Plaisir - Só pelo Prazer de...

Poderei Fazer Realmente a Escolha Que Me Dá Mais Prazer?
Uma das coisas mais libertadoras que aprendi na Nova Consciência, é que finalmente podemos autorizar-nos a fazer na vida, as escolhas que nos dão mais prazer.
Parece muito básico? Não é.

Basta olharmos para as escolhas que temos feito até aqui, e ver quantas fizemos por condicionamentos vários, por «obrigação», ou porque «parece mal» fazer doutra maneira. Quantas vezes pusemos de lado a escolha mais natural e prazenteira para nós mesmos, em nome dum «sacrifício esperado» por filho, parceiro, familiar ou amigo. Ou muito simplesmente porque achamos que não «temos direito a» ou «não somos capazes de».
Não estão em causa naturalmente as «responsabilidades» que assumimos com outros, em casa ou no trabalho.
Mas as coisas podem começar a deixar de ser feitas por uma suposta obrigação. Podem mesmo. Sem culpas nem remorsos.
Nós somos como aqueles prisioneiros que viveram a maior parte da sua vida entre as grades do cárcere, e depois quando se vêem cá fora, não sabem muito bem o que fazer do seu tempo e da sua liberdade.
Os sistemas de crenças, são espartilhos muito apertados, e as pessoas têm muito medo das mudanças, dos desafios e dos confrontos. Estão mais «seguras» dentro da «caixa» mesmo que esta tenha uma data de grades.
Assumir a responsabilidade pelas suas escolhas e não ter medo das consequências nem do julgamento dos outros, é um passo de gigante.

Viajando há uns anos, de carro, entre Paris e Chartres, fui abençoada com a visão maravilhosa de um canteiro de lindas flores que fora semeado na berma direita da estrada, por vários kilómetros (2 ou 3). Um regalo para a vista. No final, estava uma simples tabuleta pintada toscamente à mão, que dizia: «Seulement pour le plaisir». Só pelo prazer -(de ver, sub-entende-se).
Fiquei tão tocada pela dádiva dum semeador anónimo cultivador da beleza,
pelo simples prazer que dá olhar para ela, que nunca mais me esqueci. Que lição maravilhosa! (Foi muito mais proveitosa do que percorrer o labirinto de Chartres, na catedral da dita cidade). Que louco gastaria o seu tempo a semear uma beira de estrada rural, senão alguém que valoriza realmente o que é importante?

Quando começamos a descobrir que a coisa mais importante na Integração é o amor que temos por nós, a confiança que depositamos em nós, e a certeza de que os outros não são «deuses escangalhados» à espera de serem resgatados por nós, podemos começar a permitir-nos o prazer de fazer certas coisas, «seulement pour le plaisir».

E se fosses realmente livre de fazeres as escolhas que queres? Das mais sérias às mais divertidas? Das mais tolas às mais sábias? E «Seulement pour le plaisir»?

A cada respiração consciente, compreende que nada te está vedado. Os limites estão dentro da tua cabeça, não do teu coração. E quanto mais dizes sim à vida, mais apropriadas e prazenteiras são as tuas escolhas. E tudo isso, acredita, «seulement pour le plaisir» de existir, de estar aqui incorporado na vida que TU escolheste, em primeiro lugar.
Quando é que te permites deixar de ser responsável pelos outros e passas a ser responsável por TI? Quando é que assumes as TUAS escolhas?

sábado, 1 de maio de 2010

Permites-te Aceitar que Não Há Escolhas Erradas?



Sentidos proibidos,
Multas e Condenações
O Pequeno Eu Humano olha para tudo através dos parâmetros da mente, e na maioria dos casos julga impiedosamente as nossas escolhas. Muitas das nossas «dores de barriga» vêm das culpas, dos remorsos, da sensação de não sermos «merecedores» da felicidade ou de não termos as capacidades devidas para chegar lá. E estou apenas a referir aquilo que diz respeito só a nós mesmos, não estou a considerar as culpas, remorsos, não merecimento e incapacidades no trato e relacionamento com os outros, que é outro capítulo tão grande como o primeiro.

A Nova Consciência lança-nos um desafio: Estás disposto a considerar que não fizeste nunca escolhas erradas? A mente fica logo histérica, não é verdade? E isto, e aquilo, e aquela vez que...?

A Nova Consciência fala de experiências. E vêm-nos logo à ideia uma data de experiências «falhadas«, dolorosas, traumáticas, não é verdade?

É interessante que Adamus tenha falado no ante-penúltimo shoud do Corpo de Consciência, pois é disso que se trata em todo este assunto.
Para aqueles que não leram o shoud, Adamus disse que na Nova Energia deixa de haver corpo-mente-espírito, para o Ser passar a ser simplesmente um Corpo de Consciência.
Se considerarmos a nossa Jornada e o seu propósito - experienciar a incorporação na matéria - e se admitirmos que entrámos num campo de limitação de consciência, podemos deixar ir sem remorsos nem culpas o resultado das nossas experiências. E isso só por si, já colide com muitos dos nossos sistemas de crenças.
Já «A Mãe» dizia no seu belo livro «Preces e Meditações» no dia 24 de março de 1914, o seguinte:
Porém, na presença dum erro ou de um descuido cometido, o verdadeiro pensamento que deveríamos ter não é dizer: «Deveria ter feito melhor, deveria ter feito isto ou aquilo». Melhor seria:«Não estava suficientemente identificada com a Consciência eterna, é preciso esforçar-me para realizar esta união definitiva e integral».

Esta nossa amiga estava lá muito perto! Naturalmente que naquela altura ela ainda identificava a Consciência eterna com o «Amado Mestre» que ela tanto invocava nas suas escritas. E ainda não sabia que não era preciso «esforçar-se», bastava escolher. Aqui se vê muito bem a diferença entre a Velha e a Nova Consciência. A Consciência suprema estava «fora» dela, não era ainda sua de pleno direito.

Quando começamos a Respirar «Compaixão» (aceitação total e incondicional de todo o nosso ser e também de todos os nossos actos) começamos lentamente a perceber que se trata apenas de consciência. Pois à medida que cresce a nossa Consciência, cresce a satisfação e a realização individual com as nossas experiências. E o julgamento dissolve-se, levando com ele as culpas e os remorsos.

A visão alargada das nossas experiências à luz da Nova Consciência causa um grande alívio. Percebemos quão destemidos fomos por ousar todas as gamas da experiência em nome do enriquecimento da Consciência do nosso espírito. Percebemos também porque ele tanto quer incorporar em nós aqui neste planeta para partilhar connosco essa experiência directa. E definitivamente pomos de lado as culpas e os remorsos.
A gloriosa responsabilidade e a escolha inteligente dos actos mais esclarecidos e vivificantes para experiência da vida, traz-nos finalmente uma alegria íntima que raramente desfrutámos. Por isso a Nova Consciência é tão atraente e tão desafiadora.
Quem não se cansou já de viver deprimido?
Ainda achas que fizeste escolhas erradas?