sábado, 1 de maio de 2010

Permites-te Aceitar que Não Há Escolhas Erradas?



Sentidos proibidos,
Multas e Condenações
O Pequeno Eu Humano olha para tudo através dos parâmetros da mente, e na maioria dos casos julga impiedosamente as nossas escolhas. Muitas das nossas «dores de barriga» vêm das culpas, dos remorsos, da sensação de não sermos «merecedores» da felicidade ou de não termos as capacidades devidas para chegar lá. E estou apenas a referir aquilo que diz respeito só a nós mesmos, não estou a considerar as culpas, remorsos, não merecimento e incapacidades no trato e relacionamento com os outros, que é outro capítulo tão grande como o primeiro.

A Nova Consciência lança-nos um desafio: Estás disposto a considerar que não fizeste nunca escolhas erradas? A mente fica logo histérica, não é verdade? E isto, e aquilo, e aquela vez que...?

A Nova Consciência fala de experiências. E vêm-nos logo à ideia uma data de experiências «falhadas«, dolorosas, traumáticas, não é verdade?

É interessante que Adamus tenha falado no ante-penúltimo shoud do Corpo de Consciência, pois é disso que se trata em todo este assunto.
Para aqueles que não leram o shoud, Adamus disse que na Nova Energia deixa de haver corpo-mente-espírito, para o Ser passar a ser simplesmente um Corpo de Consciência.
Se considerarmos a nossa Jornada e o seu propósito - experienciar a incorporação na matéria - e se admitirmos que entrámos num campo de limitação de consciência, podemos deixar ir sem remorsos nem culpas o resultado das nossas experiências. E isso só por si, já colide com muitos dos nossos sistemas de crenças.
Já «A Mãe» dizia no seu belo livro «Preces e Meditações» no dia 24 de março de 1914, o seguinte:
Porém, na presença dum erro ou de um descuido cometido, o verdadeiro pensamento que deveríamos ter não é dizer: «Deveria ter feito melhor, deveria ter feito isto ou aquilo». Melhor seria:«Não estava suficientemente identificada com a Consciência eterna, é preciso esforçar-me para realizar esta união definitiva e integral».

Esta nossa amiga estava lá muito perto! Naturalmente que naquela altura ela ainda identificava a Consciência eterna com o «Amado Mestre» que ela tanto invocava nas suas escritas. E ainda não sabia que não era preciso «esforçar-se», bastava escolher. Aqui se vê muito bem a diferença entre a Velha e a Nova Consciência. A Consciência suprema estava «fora» dela, não era ainda sua de pleno direito.

Quando começamos a Respirar «Compaixão» (aceitação total e incondicional de todo o nosso ser e também de todos os nossos actos) começamos lentamente a perceber que se trata apenas de consciência. Pois à medida que cresce a nossa Consciência, cresce a satisfação e a realização individual com as nossas experiências. E o julgamento dissolve-se, levando com ele as culpas e os remorsos.

A visão alargada das nossas experiências à luz da Nova Consciência causa um grande alívio. Percebemos quão destemidos fomos por ousar todas as gamas da experiência em nome do enriquecimento da Consciência do nosso espírito. Percebemos também porque ele tanto quer incorporar em nós aqui neste planeta para partilhar connosco essa experiência directa. E definitivamente pomos de lado as culpas e os remorsos.
A gloriosa responsabilidade e a escolha inteligente dos actos mais esclarecidos e vivificantes para experiência da vida, traz-nos finalmente uma alegria íntima que raramente desfrutámos. Por isso a Nova Consciência é tão atraente e tão desafiadora.
Quem não se cansou já de viver deprimido?
Ainda achas que fizeste escolhas erradas?

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