terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A Mais Difícil Tarefa

Norma Delaney confidenciou em tempos que uma das mais árduas tarefas para ela tinha sido o «apaixonar-se» por Si mesma. Por INTEIRO.

Na verdade temos tantos sistemas de crenças agregados a esse sentir essencial na nossa vida, que «apaixonar-nos» por nós mesmos é coisa que jamais nos «passaria pela cabeça». Literalmente.
Sem dúvida que a «cabeça», a mente, sempre tão ocupada com o bem-estar (ou não) dos outros, não nos deixa muito espaço para sequer imaginarmos isso. E se não são os outros, são os afazeres do nosso emprego, e se não são os afazeres é a religião (ou pior ainda o antigo «despojamento» da velha busca espiritual) que nos tachava imediatamente de egoístas e desumanos. E se não é a religião é a falta de auto-estima que engloba a ideia de que somos «imperfeitos», logo não merecedores de semelhante benesse. Ah, e falta a desculpa dos filhos, dos maridos ou das mulheres, dos avós, das tias solteiras. Delegámos nessa avalanche de gente a prioridade absoluta na nossa vida, o primeiro lugar. Não foi sempre assim? Morremos, voltamos, e o ciclo perpetua-se. Por isso se chama lá nos orientes «A Roda da Vida», o «Karma».

Mas esta vida é diferente. Podemos abandonar com elegância essas velhas crenças que nos foram úteis durante tantas e tantas vidas (tantas experiências), e simplesmente começar a olhar para dentro de Nós.

Quem Sou Eu?

Serei capaz de me ver como o mais corajoso dos Seres que veio até este planeta em missão de reconhecimento, em nome do Espírito?

Serei capaz de me ver como o mais destemido dos Seres que não se poupou a descer ao mais fundo do fundo para ver como é?

Serei capaz de me ver como o mais Iluminado dos Seres, que estando numa dimensão de tremenda dureza e limitação chegou aos pináculos devocionais e excelsos do amor humano Total?

Serei capaz de me ver como o solitário caminhante das Estrelas que venceu a rude Matéria?

Serei capaz de lembrar o meu vertiginoso trajecto de DESBRAVAR CONSCIÊNCIA desde que deixai a Casa do Espírito Único?

Se a magnificência das minhas experiências humanas me granjeou para sempre o reconhecimento e a honra suprema das mais elevadas Ordens dos Anjos (às quais Eu pertenço), porque deixo que a minha mente me continue a achar «pequena», «limitada», «imperfeita»?
Quando, mas oh quando é que eu me liberto deste julgamento acerca de Mim?!

Olha, a Tua Essência não deve nada aos mestres Ascensos. Nem a Buda, nem à Virgem Maria. És TU DIVINA. Só não sabes ainda o Teu Nome. Só não conheces ainda a Tua Doçura. Nem imaginas a Tua Compaixão. Não fazes a mínima ideia da Tua Alegria. Ah, e muito menos da Tua Sabedoria.

Por isso, olha, continua a chamá-La todos os dias pois quando começares a sentir essa Presença na tua Vida, o mínimo que te acontece é apaixonares-te por... TI.

Queres fazer isso agora mesmo, só para TI, ou tens de ir antes mudar a areia do gato?
Tss,tss.

Sem comentários:

Enviar um comentário