Quem não ouviu a célebre frase «Escolhe, mas escolhe bem, porque vais ter de viver com isso até ao fim da vida»?
Esta frase foi aplicada até à náusea a propósito de amores românticos, da família, da carreira profissional, da compra de casa, dos amigos, de certas situações, etc, etc. É de facto uma crença mil vezes confirmada... reconfirmando despudoradamente as nossas limitações e impotências.
E aqueles que entram no mundo esotérico, adicionam-lhe gostosamente mais uma série brilhante de impedimentos: a fatalidade do Carma, da Numerologia, do signo Astrológico e outras que tais.
Um Mestre não está amarrado às suas escolhas, não impõe a si mesmo essa limitação. Lembrem-se, estamos aqui a fazer experiências, porque diabos não podemos criar e re-criar?
Quantas vezes escolhemos uma coisa hoje, e amanhã a nossa intuição nos diz que aquela experiência está feita e esgotada, e pode ser elegantemente terminada, deixando-nos livres para escolher de novo?
Um Mestre não teme ouvir o seu Eu Divino e seguir a sua Intuição, a sua Inteligência Criativa. Criar e recriar é a dinâmica da Vida.
Não se trata aqui, é óbvio, do «mudar de ideias como quem muda de camisa». Estamos a falar de escolhas conscientes, pois as que fazemos ao sabor dos desejos ou do medo são de facto como cataventos.
Um Mestre nunca erra, porque seja o que for que faça, fá-lo a partir do Centro de si mesmo. E na alegria da experiência, o Mestre pode constatar que prefere fazer doutra maneira. E escolhe de novo, sorrindo, de coração aberto.
As escolhas que nos deixam infelizes são sempre as escolhas da mente: frias e calculistas, analíticas, sintéticas, redundantes. (Claro, a mente é como o software dum computador. Só debita os parâmetros que lá estão metidos, não vê para lá do horizonte...não sente).
Mas o voo do Espírito, da Intuição, do Coração, é livre e prazenteiro. SENTE.
Quando achamos que estamos presos às nossas escolhas «desastrosas» por orgulho, por voto (votos são limitações, sabem?) por «obrigação», por rigor excessivo connosco mesmos... acaba-se a nossa alegria de viver e resvalamos pouco a pouco para a imobilidade... a estagnação... o rigor mortis...
Observo da minha janela uma borboleta voando no jardim. Avança, recua, pousa e logo volteia no ar. Quanta leveza!
Se eu escolher fazer assim e confiar absolutamente em MIM a cada passo do meu trajecto, posso fazer voos feéricos, desfrutando voluptuosamente a Vida.
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