A alienação geral da passagem do ano, tem pelo menos uma coisa breve e maravilhosa: o renovar das esperanças. O desalento e o cansaço é tão grande na maioria das pessoas, que a festa do fim de ano é como um escape da dura realidade que criaram à sua volta. Mas essa nova esperança manifestada nos brindes e no absolutamente inútil e infantil jogo do formular de «desejos», é uma euforia superficial que permanece apenas uns breves momentos. Logo depois volta tudo ao mesmo. E a pergunta incontornável de Kuthumi impõe-se por si mesma: O que é que falta na tua vida?
Dantes, no anterior ciclo da minha fase mística (uma eternidade já, parece-me) eu vivia esses momentos com outra consciência. Ficava em recolhimento profundo na hora da passagem do ano, a segurar a chama da Luz que vacilava com a alienação geral (preocupava-me eu). Rezando e fazendo mantras. Agora, liberta do pesado fardo de salvar o mundo, só me resta voltar-me para mim mesma. Eu é que preciso de ser «salva». E não é batendo em panelas, nem subindo para cima da cadeira a comer passas, que eu vou saber Quem SOU. (Vamos lá a ver: não é que eu condene isso. Não acho mal nem bem. COMIGO, é que já não funciona).
Cogitando serenamente sobre a pergunta de Kuthumi, descobri que o mais acertado para mim neste momento era passar esse tempo crucial invocando a minha Essência a estar presente em mim. Respirando-a conscientemente para dentro de mim.
Conhecê-la, abraçá-la, sentir o seu toque, a sua voz, o seu perfume, é a coisa mais importante da minha vida neste momento. Desvelar-me a MIM. E pude assim comungar também duma esperança nova: que este ano, Ela, a minha Essência, o meu Divino em mim, se revele completamente em «MIM» (eu humana, eu divina). E porque a realização dessa esperança... só depende de mim, talvez possa ser menos utópica do que os vãos «desejos» da passagem de ano.
E comecei também a descortinar outras coisas interessantes. Porque é que o meu Divino demora tanto a entrar em mim, se é isso que Ele anseia há eons sem fim? Porque o Vaso Sagrado que sou Eu, o Graal biológico e espiritual que sou Eu, não está vazio ainda e pronto a recebê-lo. Ele está ainda CHEIO com algumas preocupações, alguns problemas, com dúvidas e receios e sobretudo com a falta de confiança em mim. E o meu Divino, é claro, no seu imenso Amor por mim, sorri apenas e retira-se em perfeita Compaixão: «Ela ainda não esvaziou a Taça para Eu poder entrar. Ok, continuemos a aguardar».
Gentes! Quando, mas quando é que eu vou perceber (sabem, «por dentro dos ossos») que enquanto eu estiver preocupada com a minha aparência ou saúde (cogitações biológicas), com os meus afetos e rancores (cogitações emocionais), com as minhas expectativas e soluções racionais (cogitações mentais) e outras que tais, eu estou simplesmente a atafulhar a minha Taça de energia tão estagnada e redundante, que a minha Essência simplesmente não pode entrar?! Tão simples como o ovo de Colombo. Quando, mas ó quando é que eu vou perceber mesmo, que enquanto eu estiver a invocar o meu Divino para vir «resolver» os meus problemas aqui abaixo (ou ao lado, sei lá), Ele não pode vir porque eu estou CHEIA de Medo de falhar, de precisar disto... e daquilo... e daqueloutro...?!
A minha Essência vem, mas para partilhar comigo TODAS as minhas experiências. E quando eu me permitir deitar a «tralha» fora, então e só então, vou poder assistir na 1ª fila de mim mesma, como é que a minha Essência se EXPRESSA através de mim. Até lá eu estou sempre a «controlar», a «perspectivar», e muito seguramente a desconfiar. Estou uma vez mais com o sinal de «Ocupado» aceso.
Sinceramente, sou mesmo tótó! É claro que quando o meu Divino vier Mesmo para dentro de mim, eu vou poder ver sem sombra de dúvida, como a ILUSÃO dos problemas e das limitações desaparece diante destes meus olhinhos incrédulos. Assim, puf, como num passe de mágica.
E assim sendo, neste primeiro dia do ano 2010, declaro que abri oficialmente a caça aos meus «impedimentos». Que impedimento está a atravancar o meu Graal?
Lá «dentro» ainda está escuro. A pequena fogueira que me permitiu vislumbrar o meu «lixo energético», ainda ilumina pouco ao seu redor. Mas respirando fundo, fundo com a força da invocação da Clareza e da Confiança total em mim, eu vou levantar labaredas imensas, vou atear um incêndio dentro de mim que me permita VER e Dissolver tudo o que me impede de me Completar.
Vou aprender a esvaziar... para me poder encher... de MIM.
Dantes, no anterior ciclo da minha fase mística (uma eternidade já, parece-me) eu vivia esses momentos com outra consciência. Ficava em recolhimento profundo na hora da passagem do ano, a segurar a chama da Luz que vacilava com a alienação geral (preocupava-me eu). Rezando e fazendo mantras. Agora, liberta do pesado fardo de salvar o mundo, só me resta voltar-me para mim mesma. Eu é que preciso de ser «salva». E não é batendo em panelas, nem subindo para cima da cadeira a comer passas, que eu vou saber Quem SOU. (Vamos lá a ver: não é que eu condene isso. Não acho mal nem bem. COMIGO, é que já não funciona).
Cogitando serenamente sobre a pergunta de Kuthumi, descobri que o mais acertado para mim neste momento era passar esse tempo crucial invocando a minha Essência a estar presente em mim. Respirando-a conscientemente para dentro de mim.
Conhecê-la, abraçá-la, sentir o seu toque, a sua voz, o seu perfume, é a coisa mais importante da minha vida neste momento. Desvelar-me a MIM. E pude assim comungar também duma esperança nova: que este ano, Ela, a minha Essência, o meu Divino em mim, se revele completamente em «MIM» (eu humana, eu divina). E porque a realização dessa esperança... só depende de mim, talvez possa ser menos utópica do que os vãos «desejos» da passagem de ano.
E comecei também a descortinar outras coisas interessantes. Porque é que o meu Divino demora tanto a entrar em mim, se é isso que Ele anseia há eons sem fim? Porque o Vaso Sagrado que sou Eu, o Graal biológico e espiritual que sou Eu, não está vazio ainda e pronto a recebê-lo. Ele está ainda CHEIO com algumas preocupações, alguns problemas, com dúvidas e receios e sobretudo com a falta de confiança em mim. E o meu Divino, é claro, no seu imenso Amor por mim, sorri apenas e retira-se em perfeita Compaixão: «Ela ainda não esvaziou a Taça para Eu poder entrar. Ok, continuemos a aguardar».
Gentes! Quando, mas quando é que eu vou perceber (sabem, «por dentro dos ossos») que enquanto eu estiver preocupada com a minha aparência ou saúde (cogitações biológicas), com os meus afetos e rancores (cogitações emocionais), com as minhas expectativas e soluções racionais (cogitações mentais) e outras que tais, eu estou simplesmente a atafulhar a minha Taça de energia tão estagnada e redundante, que a minha Essência simplesmente não pode entrar?! Tão simples como o ovo de Colombo. Quando, mas ó quando é que eu vou perceber mesmo, que enquanto eu estiver a invocar o meu Divino para vir «resolver» os meus problemas aqui abaixo (ou ao lado, sei lá), Ele não pode vir porque eu estou CHEIA de Medo de falhar, de precisar disto... e daquilo... e daqueloutro...?!
A minha Essência vem, mas para partilhar comigo TODAS as minhas experiências. E quando eu me permitir deitar a «tralha» fora, então e só então, vou poder assistir na 1ª fila de mim mesma, como é que a minha Essência se EXPRESSA através de mim. Até lá eu estou sempre a «controlar», a «perspectivar», e muito seguramente a desconfiar. Estou uma vez mais com o sinal de «Ocupado» aceso.
Sinceramente, sou mesmo tótó! É claro que quando o meu Divino vier Mesmo para dentro de mim, eu vou poder ver sem sombra de dúvida, como a ILUSÃO dos problemas e das limitações desaparece diante destes meus olhinhos incrédulos. Assim, puf, como num passe de mágica.
E assim sendo, neste primeiro dia do ano 2010, declaro que abri oficialmente a caça aos meus «impedimentos». Que impedimento está a atravancar o meu Graal?
Lá «dentro» ainda está escuro. A pequena fogueira que me permitiu vislumbrar o meu «lixo energético», ainda ilumina pouco ao seu redor. Mas respirando fundo, fundo com a força da invocação da Clareza e da Confiança total em mim, eu vou levantar labaredas imensas, vou atear um incêndio dentro de mim que me permita VER e Dissolver tudo o que me impede de me Completar.
Vou aprender a esvaziar... para me poder encher... de MIM.
Querida Placídia! Tenho acompanhado tuas postagens. São mesmo extraordinárias! De uma lucidez ímpar. Agradeço a sua maravilhosa colaboração no despertar humano e integração do divino. Saiba que esta postagem especificamente me proporcionou "deitar fora toda a tralha" através de um sonho que eu tive esta noite passada. E caiu esta postagem nas minhas mãos a me iluminar e CLAREAR o que eu não permitia ver. Gratíssima. Abençoada sejas e que muitas outras postagens desse porte venham a seguir. Um Abraço Shaumbra
ResponderEliminar